Então, honey...hoje é domingo, não tem novela, mas vamos falar de uma que adoro, Cordel Encantado, pois é a novela mais criativa e bem produzida dos últimos anos, realmente encantadora (apesar do fraquíssimo casal protagonista), mas não quero fazer uma resenha crítica sobre a obra, e sim discutir sobre seu romance central, o triângulo Açucena-Jesuíno-Doralice.
Ah Doralice...como eu gosto dela! Independente, inteligente, decidida, corajosa, idealista e romântica, muito mais do que a mocinha, que é mimada, burra e egoísta. Mas mesmo assim Jesuíno prefere Açucena. Doralice, ou vai acabar morrendo por ele (será?), ou acabará sozinha, ou com algum "prêmio de consolação". Nisso a novela é bem tradicional, pois é sempre assim, a diferença é que neste caso a moça bem-resolvida não é pintada como vilã.
Doralice, para conquistar Jesuíno, teve que se travestir de homem e lutar junto com ele - numa causa que ela acreditava, e com toda a coragem, diga-se de passagem - e quando revelou-se, disse que fez aquilo para ter a chance dele conhecê-la melhor e quem sabe ele passar a gostar dela.
E mesmo assim Jesuíno prefere Açucena bordando em casa, a princesinha em perigo, que espera no alto da torre seu príncipe vir salvá-la e fazê-la feliz, sim, porque ele é a única razão de sua realização e felicidade. Com um homem daqueles, pra quê ter uma profissão e um ideal maior para lutar não é mesmo?
Mas vá à luta Doralice, não desista, torcerei por você, tu és melhor que o rei do cangaço!